Não sei se o tempo que terei é muito ou pouco,
mas sinto a certeza de que será insuficiente.
Não sei se o tempo que vivi, foi bem ou mal aproveitado,
mas sinto a necessidade de mudar a forma de vivê-lo.
Não sei se o tempo que passei perto das pessoas foi bom ou mal para elas,
mas sinto que talvez tenha sido além do que eu podia suportar.
Não sei se o tempo que meus amigos dedicaram a mim foi trabalhoso para eles,
mas deixou marcas inesquecíveis.
Não sei se o tempo que dediquei aos meus amigos foi o suficiente para dizer-lhes o quanto os amo,
mas tenho a impressão de que ainda não aprendi a falar completamente.
Jamais tive alguma certeza com relação ao tempo, jamais algum fato comprovou a sua existência verídica para mim, mas não tenho dúvidas que o espaço ocupado por reflexões temporais em minha alma é grande demais.
Gostaria de pensar atemporalmente, seria possível?
Quem sou eu
- Luizana Migueis
- Guarujá, São Paulo, Brazil
- Ultimamente não sei bem quem sou... já houve tempos em que eu era mais convicta, mas agora acho que estou em processo de equilibração... Gostei do pensamento de Nietzsche sobre o amor: "O amor deseja, o medo evita. Por causa disso não podemos ser amados e reverenciados pela mesma pessoa, não no mesmo período de tempo, pelo menos. Pois quem reverencia reconhece o poder, isto é, o teme: seu estado é de medo-respeito. Mas o amor não reconhece nenhum poder, nada que separe, distinga, sobreponha ou submeta. E, como ele não reverencia, pessoas ávidas de reverência resistem aberta ou secretamente a serem amadas." Quem sou eu para discordar do filósofo... também acho que o amor é um sentimento que desconhece o impossível, não enxerga barreiras, pouco se importa com os olhares alheios e jamais se contenta com a ilusão. O amor verdadeiro nasce do desejo secreto de transgredir, de transcender o mundo. Em verdade, esse amor é a única razão de existência do ser humano, e dada a sua importância é soberano, não reconhece limites...
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