Quem sou eu

Guarujá, São Paulo, Brazil
Ultimamente não sei bem quem sou... já houve tempos em que eu era mais convicta, mas agora acho que estou em processo de equilibração... Gostei do pensamento de Nietzsche sobre o amor: "O amor deseja, o medo evita. Por causa disso não podemos ser amados e reverenciados pela mesma pessoa, não no mesmo período de tempo, pelo menos. Pois quem reverencia reconhece o poder, isto é, o teme: seu estado é de medo-respeito. Mas o amor não reconhece nenhum poder, nada que separe, distinga, sobreponha ou submeta. E, como ele não reverencia, pessoas ávidas de reverência resistem aberta ou secretamente a serem amadas." Quem sou eu para discordar do filósofo... também acho que o amor é um sentimento que desconhece o impossível, não enxerga barreiras, pouco se importa com os olhares alheios e jamais se contenta com a ilusão. O amor verdadeiro nasce do desejo secreto de transgredir, de transcender o mundo. Em verdade, esse amor é a única razão de existência do ser humano, e dada a sua importância é soberano, não reconhece limites...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Nascer...

"Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo..." dizia Fernando Pessoa.
Abrir as portas da sensibilidade e deparar-se com o mundo - real, cheio de seus pecados e temores - é uma experiência extasiante, mas como qualquer experiência desse tipo, é também extenuante.
O problema é que Pessoa não nos alertou que esse é um caminho sem volta, uma vez nascido para a eterna novidade do mundo, não consegue-se mais morrer para as novidades do mundo porque isso traria a própria morte do corpo (o qual já não mais suportaria uma alma morta...).
O equilíbrio talvez consista em conseguir manter essas portas da sensibilidade abertas, mas preservando a unicidade que nos permite o auto-reconhecimento diante do espelho...
Quem sabe o poetar seja um ensaio para a vida e que o fato de experimentar a vida pela poesia seja uma via privilegiada de aprendizagem... quem sabe...
Seja como for, sentir por meio da poesia é mágico e o próprio poeta bem sabia disso quando dizia: "o poeta é um fingidor, e finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente."

2 comentários:

Professora Cíntia Matos disse...

Perfeito !!

Amo você.

Beijos,

Cíntia Matos

Patricia disse...

Essas palavras só poderiam ser suas. Sabias palavras!

BBJJSSSSSSSSS na alma