Que sensação é essa,
que invade meu peito
e com sua presença
aumenta o espaço vazio?
Que sensação é essa,
que aperta a garganta,
faz arder os olhos,
numa vontade contida de chorar?
Por que essa necessidade,
urgente, premente, insistente,
de preencher o espaço
que teima em angustiar?
Queria poder acreditar
na curta vida desse sentimento,
mas o tempo passa
e crer nisso já não produz contentamento.
Apenas um pedido então eu faço,
que eu possa compartilhar esse espaço
e assim amenizar meu cansaço...
Quem sou eu
- Luizana Migueis
- Guarujá, São Paulo, Brazil
- Ultimamente não sei bem quem sou... já houve tempos em que eu era mais convicta, mas agora acho que estou em processo de equilibração... Gostei do pensamento de Nietzsche sobre o amor: "O amor deseja, o medo evita. Por causa disso não podemos ser amados e reverenciados pela mesma pessoa, não no mesmo período de tempo, pelo menos. Pois quem reverencia reconhece o poder, isto é, o teme: seu estado é de medo-respeito. Mas o amor não reconhece nenhum poder, nada que separe, distinga, sobreponha ou submeta. E, como ele não reverencia, pessoas ávidas de reverência resistem aberta ou secretamente a serem amadas." Quem sou eu para discordar do filósofo... também acho que o amor é um sentimento que desconhece o impossível, não enxerga barreiras, pouco se importa com os olhares alheios e jamais se contenta com a ilusão. O amor verdadeiro nasce do desejo secreto de transgredir, de transcender o mundo. Em verdade, esse amor é a única razão de existência do ser humano, e dada a sua importância é soberano, não reconhece limites...
Nenhum comentário:
Postar um comentário