Quem sou eu

Guarujá, São Paulo, Brazil
Ultimamente não sei bem quem sou... já houve tempos em que eu era mais convicta, mas agora acho que estou em processo de equilibração... Gostei do pensamento de Nietzsche sobre o amor: "O amor deseja, o medo evita. Por causa disso não podemos ser amados e reverenciados pela mesma pessoa, não no mesmo período de tempo, pelo menos. Pois quem reverencia reconhece o poder, isto é, o teme: seu estado é de medo-respeito. Mas o amor não reconhece nenhum poder, nada que separe, distinga, sobreponha ou submeta. E, como ele não reverencia, pessoas ávidas de reverência resistem aberta ou secretamente a serem amadas." Quem sou eu para discordar do filósofo... também acho que o amor é um sentimento que desconhece o impossível, não enxerga barreiras, pouco se importa com os olhares alheios e jamais se contenta com a ilusão. O amor verdadeiro nasce do desejo secreto de transgredir, de transcender o mundo. Em verdade, esse amor é a única razão de existência do ser humano, e dada a sua importância é soberano, não reconhece limites...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Vivendo...

Será que a vida é como o país dos espelhos que Alice visitou?

Dizem que a arte imita a vida, então…

A sensação é estranha, parece que somos prisioneiros como aqueles da caverna de Platão, mas ao invés de sombras o que vemos são reflexos distorcidos de nós mesmos, reflexos que jamais projetarão fielmente nossa imagem, jamais ousarão apontar quem somos ou fomos. Os reflexos apontam assustadoramente o que pensamos ser, o que desejamos ser permanece no canto mais obscuro da alma, mais inacessível espaço quase sufocado pelos reflexos luminosos das distorções de nós.

Queria poder fugir desse país de espelhos, enxergar a própria face foi o pior castigo concedido ao ser humano, porque desde então o aparecer ganhou mais importância do que o ser, e nada mais importa a não ser o espectro falso e calculado de míseras porções de nós mesmos.

Trocamos a consciência e a racionalidade pela essência e a capacidade de transcendência. Ainda chamam isso de evolução… É, evolução dos reflexos… Partículas inadequadas de nós, porções extraviadas de nós, esferas conspiratórias de nós, anti-matéria de nós…

Precisamos com urgência redescobrir a pedra filosofal, que nos conceda a possibilidade de sermos apenas nós, sem reflexos, sem distorções, somente essência…

Desabafos…

Luizana

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